Publicado por Michael Riley em 29 de agosto de 2013. Todos os Direitos reservados ao autor e a Religious Affections Ministries.
Na minha última publicação, compartilhei um breve argumento de que, pelo menos para mim, reforça o meu conservadorismo na adoração, sem abandonar o princípio da sola scriptura. Eu notei na publicação que foi originada como uma carta para um amigo meu, então fiquei um pouco surpreso quando alguns dos comentários disseram que estavam ansiosos para a próxima parte da discussão, pois na verdade não há “próxima parte”. Eu escrevi para começar uma conversa, não como uma introdução a um trabalho maior.
Dito isto, a pessoa a quem escrevi respondeu, e então pensei que iria adiante uma reedição aqui minha resposta à dele. Um pouco de contexto: ele me enviou um breve poema sobre a Trindade, que ele reconheceu não ser nada particularmente artístico, e sugeriu a possibilidade de que ele fosse usado com crianças, com a melodia de “I've Got a Mansion” (meu exemplo de música da postagem anterior). Aqui estava a minha resposta:
_______
Seu primeiro exemplo é realmente muito útil, porque acho que destaca um ponto importante nesta discussão. Você me pede para considerar usar esse poema, com a melodia de “I've Got a Mansion”, para ensinar crianças. Essa última parte, creio eu, que é a chave para esta ilustração particular. E, talvez, contrariamente ao que você pode esperar que eu diga, é a parte do ensino, e não a parte das crianças, que está em questão.
Eis o ponto: a música não é apenas um meio para tornar a doutrina inesquecível. A Arte, a arte real, é decididamente ineficiente em proposições de ensino. Pense em algo como o Salmo 23: se você quer ensinar as verdades doutrinárias desse poema, você poderia fazê-lo em uma linha ou duas. A poesia consiste em criar um sentimento, não apenas sobre a comunicação de proposições. A música é como a poesia neste quesito. Com certeza todos sabemos que, se tomarmos verdades, colocá-las em pequenas músicas, e talvez criar rimas ridículas, podemos memorizá-las mais facilmente. Sem dúvida, eu fiz isso ao preparar testes ou outras coisas semelhantes. Mas não é por isso que cantamos. Não é por isso que grandes porções da Escritura estão escritas em poesia. A boa arte forma o sentimento, não apenas oferece as proposições.
Deixe-me aprimorar a questão mudando sua pergunta. Você pergunta: “Uma canção simples pode ser adequada para comunicar excelentes verdades teológicas que são dignas de louvor?” Eu questionaria: “Uma canção simples como essa suscita sentimentos sobre Deus que reflete o mistério e a grandeza da Triunidade?” Nós ainda assim poderíamos discordar sobre a resposta a essa pergunta. Mas quero dizer isso dessa maneira porque creio que a sua pergunta está perguntando acerca de outra coisa. Você não está perguntando se a música é boa, mas apenas se é útil. Essa distinção faz sentido?
Fonte: <http://religiousaffections.org/articles/articles-on-music/what-music-does/>
Traduzido por Ícaro Alencar de Oliveira. Em Rio Branco-Acre, em 23 de janeiro de 2018. 1ª Edição.
Na minha última publicação, compartilhei um breve argumento de que, pelo menos para mim, reforça o meu conservadorismo na adoração, sem abandonar o princípio da sola scriptura. Eu notei na publicação que foi originada como uma carta para um amigo meu, então fiquei um pouco surpreso quando alguns dos comentários disseram que estavam ansiosos para a próxima parte da discussão, pois na verdade não há “próxima parte”. Eu escrevi para começar uma conversa, não como uma introdução a um trabalho maior.
Dito isto, a pessoa a quem escrevi respondeu, e então pensei que iria adiante uma reedição aqui minha resposta à dele. Um pouco de contexto: ele me enviou um breve poema sobre a Trindade, que ele reconheceu não ser nada particularmente artístico, e sugeriu a possibilidade de que ele fosse usado com crianças, com a melodia de “I've Got a Mansion” (meu exemplo de música da postagem anterior). Aqui estava a minha resposta:
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Seu primeiro exemplo é realmente muito útil, porque acho que destaca um ponto importante nesta discussão. Você me pede para considerar usar esse poema, com a melodia de “I've Got a Mansion”, para ensinar crianças. Essa última parte, creio eu, que é a chave para esta ilustração particular. E, talvez, contrariamente ao que você pode esperar que eu diga, é a parte do ensino, e não a parte das crianças, que está em questão.
Eis o ponto: a música não é apenas um meio para tornar a doutrina inesquecível. A Arte, a arte real, é decididamente ineficiente em proposições de ensino. Pense em algo como o Salmo 23: se você quer ensinar as verdades doutrinárias desse poema, você poderia fazê-lo em uma linha ou duas. A poesia consiste em criar um sentimento, não apenas sobre a comunicação de proposições. A música é como a poesia neste quesito. Com certeza todos sabemos que, se tomarmos verdades, colocá-las em pequenas músicas, e talvez criar rimas ridículas, podemos memorizá-las mais facilmente. Sem dúvida, eu fiz isso ao preparar testes ou outras coisas semelhantes. Mas não é por isso que cantamos. Não é por isso que grandes porções da Escritura estão escritas em poesia. A boa arte forma o sentimento, não apenas oferece as proposições.
Deixe-me aprimorar a questão mudando sua pergunta. Você pergunta: “Uma canção simples pode ser adequada para comunicar excelentes verdades teológicas que são dignas de louvor?” Eu questionaria: “Uma canção simples como essa suscita sentimentos sobre Deus que reflete o mistério e a grandeza da Triunidade?” Nós ainda assim poderíamos discordar sobre a resposta a essa pergunta. Mas quero dizer isso dessa maneira porque creio que a sua pergunta está perguntando acerca de outra coisa. Você não está perguntando se a música é boa, mas apenas se é útil. Essa distinção faz sentido?
Fonte: <http://religiousaffections.org/articles/articles-on-music/what-music-does/>
Traduzido por Ícaro Alencar de Oliveira. Em Rio Branco-Acre, em 23 de janeiro de 2018. 1ª Edição.